Amar é ter coragem de abrir o peito Pra o que a vida há de entregar Viver é ter vontade de sentir o gosto amargo e doce Que é se encontrar
A inácia da márcia, a márcia da inácia A inácia da márcia, a márcia da inácia
Não sei se a vida é curta demais não Nem é pra isso que eu costumo reparar, joão Eu olho pros mares, pros bares, altares e lares Lugares, colares, pras conchas do chão Penso nas mulheres, na faca, na mala, na balsa No álcool, na pele e no perdão Lembro das cadeiras, certeiras, cartelas, cadelas Na ponta amarela do dedo da mão Penso no engasgo do peito, no craque do jogo No vasco, na fumaça escondida e no balão E olho pro céu lá no alto, duas estrelas de lado Miro e peço por proteção
Ah, a coragem da márcia Ah, a bondade da inácia Ah, a loucura da márcia, faz graça na praça com a massa Ah, junto com a fé da inácia, na casa, na brasa Na cara e na raça
Amar é ter saudade de sentir no peito o passo do coração Cantar é ter vontade de sentir de novo Compasso forte em forma de canção