Mais um morto na rua da minha casa Treta, correria, extermínio, aqui não para Mais um que se foi, iludido com balada Carro, luxo, droga, junto com a rapaziada Não ouviu os concelhos que sua mãe lhe dava Envolvido com assalto, se irritasse até matava Seu pai desgostoso se acaba na bebida Perguntando onde errou na criação da cria No presente aqui estou mas tô preso no passado Lembrando da minha infância e dos aliados Que junto comigo, corria, brincava Uns estão no 12, outros já foi pra vala Saudade eu tenho da minha época de infância Agora tudo mudou, o menino não é criança Já é capaz de ver a maldade no olhar Sente o peso do mundo em suas costas levar Juro que não queria ficar preso nesse vazio Sentimento petrificado me consome a cada dia Saudade do que não volta, da minha inocência Perder o filho pras drogas a pior recompensa Pra uma mãe que batalhou, uma lágrimas rolou Desenganada por um mundo cheio de rancor o que escrevo aqui é o resumo das quebrada O corpo de uma mina esticado na calçada Mais uma vida destruída pela violência Se envolveu com o cara errado, foi sua sentença Criança sem futuro é o que vejo por aqui Varios livros jogados não pensam em resistir Assim o tempo passa e com ela a juventude Depois do álcool e da droga leva junto sua saúde Pra vala, pra mesa do necrotério Finaliza seus sonhos virando cadáver no cemitério Fique ligeiro com os manos que te rodeia Querendo sua vida virando pó esticado nas carreiras Quantos mais entorpecidos mais fácil de enganar Os boy tão evoluindo, tecnologia de ia Que tem objetivo extinguir as profissões Com robôs inteligentes vai gerar muitos cifrões Desemprego sem alternativa Trampar com o que eles querem vai ser a única saída Juro que não desejo meu povo nessa situação Já passamos mó veneno com a terceirização Que explora a mão de obra, tira estabilidade E no final das contas te demine na maldade Por isso que batemos na mesmo tecla Ideologia e inteligência voltada pra favela Quem garante. quem pressiona, quem deseja redução Não é fabricante de cigarro pra destruir nossos pulmões Trancafiando nossos jovens no fundo de uma cela Achando que sua liberdade virá por ela 53 Presídios prontos pra trancafiar Transformando gente em monstro que te estoura de hk Você mesmo que plantou toda essa discórdia Abandonando os moleque nos campo de barro, sem escola Depois de tudo isso vocês deseja a repressão Pra exterminar mais jovens, ou prender no camburão Não concordo com toda essa patifaria O futuro da parte pobre por aqui agoniza Querem criar mais cadeias mas não é a solução Tem família passando fome garimpando nos lixão O sofrimento continua, ninguém esquece A nossa vida não é mar de rosa igual nos filmes, nas séries Que mostra os burgues ostentando seu jaguar Pra despertar o interesse do moleque acompanhar Infelizmente vai pro crime pra morrer perfurado E servir de comemoração pros rato fardado Não posso ficar do lado deles enxergando o jogo A cadeia só funciona pra cima do nosso povo Mas infelizmente o gueto não reage Vejo mentes confusa em meio aos combates É possível o fim do genocídio quando o povo acordar Revolucionar, igual os black panthers, lutar Se ver como o povo, não se matar Não se entregar nos bar, olhar pelo próximo, acreditar Que a mudança vem através da nossa ação Deletar toda maldade inserida no coração Só assim podemos construir um futuro próspero Sem ver a mãe chorando pelo filho em óbito Acredito no fim da guerra mas temos que se organizar Porque caso ao contrário, esse mal não vai acabar