Quantos pregos de amor e ferrugem sua cabeça de telhado aguenta sem quebrar? Quantas vezes teu cigarro já te protegeu de respirar o tal ar de ser normal? Quantas vezes o seu "eu" já se enganou, e pensou que era "nós"? Nunca pense em quanta gente já se ajoelhou e rezou até perder a própria voz
Em um mundo que sangra não dá pra pensar em não se sujar Palavras ao vento não podem chegar aos ouvidos de quem precisa escutar Enquanto você só puder sussurrar
Nós somos filhos indigestos, conservados na proveta Em mundo moderno Frutos de uma natureza quase morta e bem cansada Sempre ou quase é mal lembrada E mesmo que sem atenção, rezamos por educação Com ou sem filtro pegue e fume Assopradores de fumaça Adoradores de argamassa De tijolo e de concreto Eu sempre penso em ser esperto, mas emburreço a cada dia Só pensando que eu podia Ou pelo menos deveria tentar mudar o mundo inteiro São Paulo ou Rio de Janeiro, de Porto Alegre a Juazeiro Mas não me mexo pra mudar, eu só consigo reclamar! Bem baixinho e sem gritar!
Em um mundo que sangra não dá pra pensar em não se sujar Palavras ao vento não podem chegar aos ouvidos de quem precisa escutar Enquanto você só puder sussurrar
Composição: Lukas Barros; Diogo Domene; Rafael Eugênio; Gabriel Humphreys