Até que enfim boa notícia do advogado Depois de 2 anos de Cdp meu julgameto foi marcado Pelo Conselho Nacional de Justiça Tinha que ter tido uma audiência em 90 dias Sem um Golf no nome pra fazer permuta Fiquei refém da inoperância da Defensoria Pública Os 1200 reais pelo meu caso Não motivaram porta de cadeia nomeado Tô no 121 de um cagueta que perdeu os olhos Sou inocente, mas uma denúncia me envolveu no óbito Onde assinam 33 por dinheiro trocado Favelado é culpado até provado o contrário Chego no Fórum da Barra Funda quase inconsciente Pelas sessões de espancamento feita pelos agentes Propositalmente tô de calça bege e algema Pra gerar no Júri influência, tendência a sentença Sento no banco na arena com 2 Pm do lado Aqui sou materia didático pra estagiário Vejo no 7 Jurados com um ar Finlandês Onde o de classe expulsa sangue do ideário burguês Excluído não é ser um mano no tribunal É só a personificação de uma ficha criminal Não existe deusa Justitia de olhos vendados A minha chance é de um Tutsui em Ruanda em 94
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Incito num ritual de evocação de espíritos Vejo Ted Bundy, Charles Manson, Andrei Chikatilo John George, Ed Gein, Vasili Komaroff E organizando a festa Pedro Alonso Lopez A testemunha de acusação é forjada Safado tá me entregando na delação premiada Sou outro dos 50 mil acusados de assassinato Que o Mb ofereceu denúncia de sorriso estampado A Commodity do mercado sem nenhum valor Que a partir de agora vai ser degolada pelo doutor Duas horas de veneno da língua peçonhenta Já querem enforcá-lo com a corda da vestimenta Queria ver sua coragem, ar de superioridade No alto do morro na conferência do debate Sem nenhum conhecimento sobre Direito Cada Jurado julga conforme seus preconceitos Me condenam pela condição de favelado Pelas passagens e feição comum do retrato-falado Princípio do contraditório e da ampla defesa Não é direito dos que assombram a máfia burguesa A meta da nova corte de Pilatos É sacrificar quem não pode comprar recurso milionário A má vontade na hora do defensor me fez entender Porque eles surgem enrolados em tapetes no Tietê
Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados Pobre no banco dos réus é a ração pro Estado Só um milagre evita meu nome no hall dos condenados
Juíz que pelo Google maps esboçou um de miséria Não tem moral pra condenar um da favela Pelos 44 por cento sem julgamento no Sistema Os Magistrados mereciam Guantánamo como pena O preso que esfaqueia o carceiro na vesícula É o que roubaram o direito da Colônia Agrícola Transformar a vítima em algoz é tática do Depen E esse é um dado omitido pelo Infopen Se por milagre no final for absolvido Devia ficar com o nome limpo e ser ressarcido Não podia passar batido a distância da família Provocada pelos flagrantes forjados da polícia Os Jurados vão pra sala secreta e voltam com o veredicto Sei que é decisão unânime, tô fudido Sem piedade culpado, sádico doa do castigo Não se importa com a minha mulher na platéia assistindo Seu sofrimento é alimento pro cuzão Que sentencia a 25 de condenação Conseguiram mais uma senhora com droga muquiada Pro marido preso fazer moeda pra cesta básica Ampliaram a chance de C4 na Ataliba Leonel Mandar funcionário do Sap em pedaços pro céu País que faz judiciário instrumento de vingança Merece lágrimas por trás das lentes Dolce & Gabbana