Sou criolo cabelo pichaim, negão Meu cabelo não é mais duro Do que o racismo em seu coração Função o rap, ideologia sempre a mesma Progresso, cultura, alimento pra cabeça E o sertão tem dificuldade que não passa Solucionam o petróleo e não falta de água Idolatra quem não liga pra você Cantam orgia patifaria pra poder aparecer Uns fazendo o que pede o sistema Evoluir pode, mas sem perder a essência Neguim armado é o que o sistema quer, porque? Neguim armado com livros o sistema vai tremer Não pode correr, quando ver a policia Vida de preto, pra eles, é vida bandida Prostituída está a nossa pátria O senhor do engenho, hoje é dono de fabrica Sátira é suas promessas governador Fabricou a miséria e fez o terror Hei doutor engula o seu carro e o seu dinheiro Teus objetos não simboliza respeito Teu pesadelo é o preto informado dos direitos Ver um neguim advogado, morador fruto do gueto
Vai buscar Livre, leve e solto Seu lugar
Vai buscar Pra chegar ao topo
Irmão, faça o rap o seu bonde Escrever tão bem, quanto o drummond Seja homem firme e forte na palavra Se a vitória vier, será conquista da jornada
Muitos querem ser o melhor né? Mas não vai lugar algum nadando contra a maré Pois é, o rap que você tanto critica Salvou mais um do crack, educou sua filha
Uma família de bombeta e roupa larga Com rimas contundentes e politizadas Cadê a sua palavra, você esqueceu? Desandou, se corrompeu, o seu Pois o meu rap não morreu Plebeu, com pensamentos nobres, sou Projeção perifa, sem glock, how Refrão e flow não é suficiente Se tua letra não tiver nada inteligente Eles planejam pra gente de escola publica ser servente
E os das escolas particulares serem donos ou gerentes
Consciente com as armadilhas do mundão Querem os pretos, servindo, ou dentro da prisão Ostentação polui a mente dos moleques Destruíram o funk e agora querem acabar com o rap Nós prossegue, batendo no peito, sou r. a. p Meu lugar, vou buscar, mas, minha postura não vou perder